Redes? Só para apanhar peixe.


 O Facebook é uma “ cusquisse” supersónica, em que um estado publicado pela pessoa n da família X é lido pela rua Y e espalhado à escala Z. No momento em que a pessoa N percebe que está na boca do mundo, irrita-se e, em tom arrogante, diz que ‘’a sua vida só a ela diz respeito’’.Não são amigos com cabeça de monitor, braços de rato enteclado, ouvidos de colunas e coração de torre, que vão substituir um chi-coração da última fornada.Pessoas que conhecemos nas redes sociais, nem sempre são gente. Não sabemos de onde são, quem são, se quem demonstram ser em palavras o são em atitudes, isto é, não sabemos se a água em que navegamos é nítida e transparente.Para mim, as únicas vantagens que as redes sociais têm são podermos manter contacto com quem “ voou’’, facilitar o “comércio doméstico”, ou seja, as pessoas fazem os seus trabalhos e expõem-nos na sua página, tudo com apenas um leve click.As redes sociais são feitas de ilusões, de sentimentos escassos e inexistentes onde só conhecemos a cor dos olhos e não o cheiro do cabelo.O Facebook trouxe de volta a monarquia a Portugal, com uma única lei: Só quem possuir o maior de gostos nas suas fotos e publicações e tiver atingindo o limite máximo de amigos, definido pela rede em questão, fará parte do sangue azul.Não tem lógica mas o pior é que é real.

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