Coração ou Cerebro?


É algo inquestionável sem solução que martiriza-nos vigorosamente.
Há muito tempo que anseio esta carta destinada a ti. Sim tu que te perdes na contagem das tuas palpitações enquanto enrubesces de amor.
Meu querido, se tivéssemos sidos concebidos para pensar contigo, residirias bem cá no cume a convencionar companhia aos meus ziguezagues loiros.
Aí coração, não olhas aos delineamentos que nos levas, matarias por amor, suicidarias por dor. Fazes tudo por um simples carinho débil vindo de quem aquece as tuas bochechinhas com um sorriso, mas por vezes só olhas para as tuas ruas e não para as pingos que fogem dos esféricos olhos rechonchudos.
Vives no mundo da ilusão disperso entre as melancolias adormecidas no céu, tens asas e voas como um anjo divino endoidecido, só o ápice importa, as consequências? Mandas-as para ocultamente para o solo, como se não fossem o resultado dos teus atos.
És demasiado dócil, não tens voz mas falas, não tens tacto mas sentes, e não precisas de olhos para amar. Só tu tens a aptidão de absolver incondicionalmente e de amar perpetuamente.
A cabeça por vezes faz com que o tu te desorientes nas palpitações e abales para a boca, não controlando cada carácter que se escapa, e quando escapam jamais voltam a entrar, e as outras que permaneceram, permanecem perdidas num sossego silenciado cerebral arrependido..
Causas-nos algo muito forte, a coação arterial, ou seja, as sentenças prematuras. Ao longo do tempo, refletindo bem nessas sentenças chegamos á conclusão que se tivéssemos tirado 5 minutos ao nosso relógio tínhamos chegado á hora certa.
O coração abala muito á verdade para não ferir, já o miolo lançasse de cachimónia com a alucinação de saber nadar.


Eu? Deixo o coração falar e a cabeça pensar, mas cada um no seu lugar.

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