Noite Ausente

Silenciosamente abro a janela fecho os olhos e desfruto do silêncio profundo desta imensa escuridão. Abro os olhos, e tristemente me apercebo que hoje não há estrelas no céu, mas há relâmpagos ao longe.
A tua ausência deixa-me completamente vazia, contrariamente ao que a tua presença me faz.
O meu quarto fica mais vazio, são só umas simples quatro paredes brancas opacas. Consigo ouvir o eco das nossas gargalhadas por segundos, e voltar a imaginar-te aqui enche-me o coração.
Os teus pensamentos baralham-me, a tua voz aquece-me, e o teu abraço faz o meu coração disparar. A tua presença completa-me e a tua ausência magoa-me.
Todos os momentos que vivemos até hoje são tão únicos e especiais quanto cada palpitação do meu coração a ver-te sorrir.
Não existe quotidiano ou rotina, se existe é o sentimento que tenho por ti que se mantém a cada dia que passa.
Cada dia é um novo dia, e dia a dia vamos construído uma história, vamos aprendendo com os erros, vamos aprender a viver com a maneira de ser de cada um. E a isso chama-se amor. Um processo mútuo de paciência, de aprendizagem, de dedicação, de respeito, de confiança e de muitos outros aspectos que só quem o vive o consegue sentir e sabe que é impossível de descrever.
Eu só quero que tu e eu sejamos todos os dias uma nova história, que a nossa cumplicidade nunca se perca, que o teu sorriso nunca se apague, e que tu sejas sempre aquele homem por quem eu me apaixonei no primeiro segundo.
Tenho saudades tuas e com elas vou sempre ficar. Perdida na dor da tua ausência, fascinada por uma história que vou relendo todas as noites ausentes.
O tempo agora passa cada vez mais devagar, quanto dantes o relógio voava. 

O sono começa a cair sobre mim e debilmente me recosto às almofadas que outrora foram tuas por momentos. E deixo o sono apoderar-se de mim, na esperança que quando voltar a abrir tu estejas novamente aqui a acariciar-me suavemente, brincando com os fios do meu cabelo, tranquilizando-me com aquelas carícias tão tuas e lentamente te aproximavas de mim, e dizias ''amo-te'' ao meu ouvido, nesse momento o mundo parava e eu tornava-me apenas tua durante a nossa eternidade.

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