A chuva parou de deslizar
do céu em forma de lágrimas mudas e enxurradas de insignificância. O frio
glaciar parou de arrepiar cada pelo do nosso cadáver gelado e rugoso. E o sol esboçou um
sorriso sereno e pacífico no nosso rosto saudoso.
Os meus melancólicos
olhos verdes deslumbram-se silentemente. Estou sentada naquele banco vermelho e estilhaçado
com uma fragrância tristemente apaixonante onde as promessas eram intocáveis e os
beijos insaciáveis.
Olho para o lado, como se
tu ainda permanecesses aqui, com o braço robusto e áspero por cima dos meus
ombros finos, transportando um aroma de mel, tão açucarado quanto tu, a
aconchegar-me subtilmente como se nada nem ninguém me pudesse magoar. E na
verdade não podiam, tu estavas lá.
O tempo não para mesmo
quando nós paramos. O tempo não volta atrás como nós às vezes tanto desejamos.
O tempo só se vive uma vez, não há replay. Por isso quando o tempo passar por
ti, agarra-o, solta-o e desfruta-o ao máximo. Para que nunca desejes voltar atrás
e repetir esse momento. Porque mesmo que desejes, não vai acontecer.
Não te inquietes com
aquilo que os outros raciocinam ou afirmam de ti, porque nada desses ruídos te
elevara ao auge da felicidade, são apenas vozes a desafiar o teu limite e as
tuas capacidades. Luta pela tua felicidade e não a deixes de viver por alguém.
Luta pelo amor, porque só o amor dá significado à vida.
Diz que me amas. É só
isso que eu preciso de ouvir para largar tudo e ficar contigo.
Eu adorava, adorava
acordar pela manhã já quando o sol se encontra bem no topo do céu com uma voz delicada
e apaixonada que pronuncia ‘’ bom dia meu amor’’. Adorava sentir o calor do teu
corpo e das tuas mãos naqueles dias em que o meu corpo se assemelha a um
iceberg. Adorava quando te ligava só porque sim, sem mas nem porquês. Ninguém é
de ninguém, mas nos mesmos sem crer somos um do outro.
Como será quando
aceitares passar uma vida a meu lado?
Toma conta de mim.
Amo-te.
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