Ainda é cedo mas tento perder-me ingenuamente
no tempo.
Suavemente observo as nossas
fotos, as últimas que ainda protejo, contemplo-as detalhadamente. E apago-as fortemente.
Desejava apagar-te tão
facilmente como as apago, mas não é realizável, e mesmo que fosse jamais possuiria
ousadia para o fazer, para me esquecer de ti.
‘’ Se os beijos não
acabam, as histórias também não.’’ Era a palavra-chave para escutar um conto de
fadas narrado por ti, onde nós éramos as personagens principais que concebiam
juras de
amor eterno. E eu permanecia, com a cabeça ténue no teu peito cálido, presa
a ti e por ti, enquanto tu me misturavas calmamente o cabelo e me embalavas na
melodia da tua voz amena.
Por momentos disfarçava
que já permanecia a dormir só para escutar aquelas promessas que desprendias
tão maravilhosas que me cativavam.
Desejava já não te amar
no escuro do silencioso deste ruidoso quarto, mas não estou pronta. Não tenciono
deixar-te sair de mim. Mesmo sem tu estares eu ainda te sinto aqui. E é essa presença
que me faz acreditar nisto, no amor.
Adorava todas as vezes
que tu me tentavas fazer surpresas e eu fazia de tudo para te persuadir.
Adorava poder saltar velozmente
para o teu colo gelado e tu agarrares-me sempre e beijares-me gradualmente, petiscando
cada entrelaçar.
Adorava e adoro, porque
os meus sentimentos ainda são presentes, tal como tu ainda és.
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